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sexta-feira, 30 de abril de 2010

# Pilar dos Santos

Pilar vê os dias a passarem lentamente por si, na sua cabeça ecoam perguntas e dúvidas.
Sente o que não sabe sentir.
Quer o que não é para si.
Achava que não perderia os sonhos assim, achava que poderia ser sempre feliz.
Mas descobriu a mentira, e isso matou-lhe os sonhos. Pilar já não sonha, a sua certeza já não existe.
Quando deu, deu tudo... e agora perdeu tudo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O lado triste de mim


Sou uma jovem como tantas outras. No entanto, há mil e umasrazões que me separam dessa "normalidade". Um dia disse (com orgulho) não ao álcool, às drogas, à promiscuidade, às relações passageiras, vazias de amor. Um dia disse não a uma enormidade de coisas que supostamente deveria recusar, mas que são o bilhete de entrada no mundo social. Decidi aproveitar as coisas pequenas da vida. As idas à praia e ao cinema, as idas ao café mais as conversas na esplanada, as sessões de karaoke, as noites em claro a discutir banalidades. Em momentos como este fico perplexa com as consequências dessa decisão. Nunca esperei que isso fosse sinónimo de metade da solidão que estou a sentir agora. Nunca pensei que os bons momentos se dissipassem e que agora me visse trancada em casa, à espera de um convite que nunca chega. Não percebo. Juro que não. Como se pode jurar amizade eterna, dizer que se adora alguém com a mesma leviandade com que se diz a mais banal das palavras? Como? E depois vira-se-lhe as costas - ele(a) que se arranje, que eu agora quero é seguir o meu caminho!. É de mim ou hoje em dia tudo perdeu o devido valor? Não consigo perceber o porquê - se é das escolhas que faço, ou das pessoas que o destino põe no meu caminho... A verdade é que hoje me sinto terrivelmente . Abandonada e ao mesmo tempo ridícula por dizer uma coisa destas. É assim tão errado, dizer não??

Devia ter-me apresentado. Sou o lado consciente da Camila, aquele que não se deixa embriagar pelos sonhos. Sou o oposto da sua ingenuidade, a sombra que a assola quando, por algum motivo, para ela o Sol deixa de brilhar.


Carolina

terça-feira, 27 de abril de 2010

O começo

Despertou-me a atenção desde a primeira vez que o vi. Não porque fosse extraordinariamente belo, mas porque havia uma qualquer magia no seu sorriso. Invejava-lhe a postura descontraída e a simplicidade com que brincava com as palavras. Quando soube o seu nome, senti um arrepio, pois recordava-me as feridas ainda por sarar de um amor de outrora. Só consegui pensar "Espero não me apaixonar por ele também!". E o destino fez-me a vontade (até um dia). Apaixonei-me. Não por ele, mas por um rapaz que em breve partiria. De vez em quando, ele fava comigo, mas eu estava sempre de pé atrás. Sofrera tanto que não conseguia agora confiar em ninguém. Ele era sempre tão doce, tão meigo e parecia sempre tão disposto a ajudar, sem reclamar nada em troca. Admirava-o por isso, e pelo sentido de humor incrível. Admirava a sua inteligência e a forma como dançava. Mas se havia coisa que eu amava... era saber que ele sentia de cada vez que eu estava triste. E saber que viria ter comigo e dar-me a mão, de cada vez que estivesse prestes a entregar-me às lágrimas.
Foi com ele que aprendi o que era amar de verdade. Aprendi como tudo o resto pode ser tão insignificante, tão supérfluo. Aprendi também a sonhar. E como sonhar me deixava feliz...!


Camila

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tempo

Tempo...

Tempo que passa e não passa,
Tempo que fere e que amassa.

Quantos não quereriam que o tempo acabasse?
Quantos não querem tempo para si mesmos?

As horas, os minutos e os segundos
Que tão cedo se tornam tardios
E que parecem nunca chegar...

Oh tempo, por que não páras
E nos deixas sonhar?

Erika

Missing my lovers


Hoje de manhã, enquanto caminhava pelo mesmo passeio de sempre, em direcção ao trabalho, entrou-me o odor húmido mas primaveril que me fez regredir uns 6 anos. Veio-me à cabeça as minhas noites  em que eu e a Joana nos deitávamos na relva a divagar sobre o tão promissor futuro:
Joana – Vá lá, diz...
Maria- oh eu sei lá. Como é que queres que eu resuma em palavras o meu homem ideal? Ele terá de ser  tanta coisa...
Joana- É simples trenga. Ora ouve, para mim terá de ser lindo de morrer. Loiro, de olhos escuros e com aquele corpo todo durinho. Tem de me levar ao D’ Oliva todas as sextas para nos podermos pavonear no meio daqueles novos ricos que pensam que são donos do mundo. Além do mais, se não souber surfar ou se não tiver um carro que corresponda à minha imagem, não vale a pena. Entendes?
Maria-  Joana, definitivamente não existes. A tua futilidade todos os dias me surpreende. Tens noção que essa tua postura faz de ti uma pseudo nova rica, dessas que tanto criticas? Se não fosses assim tão adorável, não sei não...
Joana – Sou o que sou e assumo isso. E também te adoro minha gaja boa. Mas estás a fugir à questão!
Maria – Sabes que tenho mais queda para homens morenos, mas não vou muito por aí. Terá de me fazer rir todos os dias, tem de ser inteligente, com um sorriso meigo e malandro. Tem de me fazer acreditar em coisas boas, causar-me borboletas na barriga e apaixonado pela vida... Ai sei lá, tanta coisa...
Joana – sabes que vais ficar solteira para sempre? Príncipes desses estão fechados a sete chaves nas historias.
Maria – Eu sei...
(suspiro)
Os meus pensamentos são interrompidos pelo toque do telemóvel. É ele, pela vigésima vez na última hora. Só me apetece espanca-lo. Tornar física nele toda a dor que há em mim. Por outro lado, as saudades estão a arruinar-me. Estou mesmo quase a ceder... quase quase...
- Estou ... Diz lá o que queres Filipe...
...

# narizinho cheio de personalidade

Ele sorri…


No rosto dele surge uma luz
os seus olhos
reflectem uma inocência do menino que nele existe
E ele sorri…
de cabeça erguida
pronto para escrever novas histórias num caderno com páginas ainda em branco
o seu sorriso…
esconde receios
uma distância tão compreensível como o respirar.
E ele sorri…
esconde uma parte de si
uma parte que está ferida
mas sonha assim.
O que ele não sabe é que o seu sorriso
inspira sonhos, desejos e momentos
faz palpitar e arrepiar
acreditar…
E ele sorri…
inspira os sonhos com o seu sorriso
inspira borboletas com o olhar
inspira vontade de acreditar
É assim o inspirador de sonhos…mas ele não o sabe.
no entanto eu sei e é suficiente.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

# Camila

Camila partiu levando com ela somente o coração partido e umas tantas recordações que preferia ter apagado. Quando chegou ao novo local, estranhou tudo quanto lá havia. Sentiu-se perdida, deslocada. Mas gostou do que viu. Em breve, divertir-se-ia com nomes e sítios a desvendar. Em breve, aprenderia a amar aqueles encontros que antes lhe sabiam a novidade, a incerteza.
Foi trocando palavras aqui e ali, na esperança de encontrar alguém que partilhasse os seus receios e dúvidas, mas que também soubesse aproveitar as alegrias da forma que ela o fazia. E encontrou. 
No entanto, depressa se apercebeu de que isso não lhe bastaria. Havia um outro mundo, para além do porto seguro que encontrara ao lado dos seus. E lá não havia certezas.

# narizinho cheio de personalidade


Há demasiadas relações ocas entre as pessoas. Porque é que são tão falsas? Porque é que se pintam de amor, quando não o têm?
Tentam ostentar riquezas e mais riquezas, tornam-se fúteis. Será que alguma vez sentiram um verdadeiro abraço? Um verdadeiro sorriso? Uma verdadeira amizade?
É assim tão díficil compreenderem que não se pode dar o que não se tem?! Mas não, apontam o dedo, críticam e magoam de uma forma que me trespassa mais que o coração.
Quantas vezes quis chorar e sorri pelas pessoas que estavam comigo, que merecem? Quantas vezes tinha tanto para dizer e calei? Queria ser capaz de mostrar o que tenho em mim, que também sou feita de sentimentos, tenho alma e um coração. Mas, cada vez que dou um passo nessa direcção há um acontecimento que me faz desacreditar na veracidade das pessoas que me rodeiam.
Sinto-me vazia … vazia não é a melhor expressão, porque tenho muito em mim... mas são tantos os sentimentos, confusos... são resquícios de feridas. Demorei tanto tempo a construir-me, a aprender-me que dói cada segundo em que desacredito.
Pois é, por trás de todos os sorrisos, de toda a confiança, de toda a luta, da minha história de vida... há uma menina que também chora.
Faz exactamente hoje, 5 anos que vi o meu pai como nunca pensei. Naquele quarto branco de hospital, deitado naquela cama, com tantos fios à sua volta, com tanta dor no seu olhar. Apesar de parecer que não ouvia lembro-me de chegar à sua beira, dar-lhe um beijinho e dizer-lhe “estou aqui pai, adoro-te”, pareceu tão indiferente, tão distante... talvez as dores se tivessem a apoderar dele, talvez ele sentira que se aproximava a sua partida, talvez fosse ele a xegar ao limite….
mas quando fui despedir-me eis que me agarrou a mão, afinal ele sabia quem eu era e percebeu o que lhe disse.

nesse dia aprendi, ainda que à força, a aguentar a dor….não podia deixar a minha mãe perceber o quanto eu sangrava... os meus irmãos por mais que tentassem perceber eram incapazes de imaginar a dor que era... era o meu PAI.
ali estava eu, aos 17 anos a aprender a lidar com a pior dor que o ser humano se pode deparar
não imaginaria que pouco tempo após iria ter que me aguentar perante a ausência do meu pai…..poucos dias depois ele partiu e nunca mais voltou. Ia com um sorriso nos lábios…
estaria feliz no seu último segundo? o que terá pensado?

tantas perguntas…..tanta dor que expresso todos os anos à noite no meu quarto, é impossível esquecer este dia….
toda a gente me faz questão de o relembrar, e abrir a ferida

Queria tanto voltar a tê-lo à minha frente, pedir-lhe um abraço e que me fizesse festinhas no cabelo, que me chama-se piolho e que se irrita-se comigo quando lhe chamava papa, porque ele era “pai ou paizinho”... que me fizesse cocegas, e resmuga-se comigo quando eu dizia que o benfica dele tava morto…
tenho saudades do cheiro dele….
o sorriso….

um dia sei que serei motivo de orgulho….assim como tenho orgulho de ser filha dele.

dad *

(texto escrito a 17 de Junho de 2009)
Hoje faz sentido revela-lo
porque hoje, só precisava que me abraçasse
para saber que por muito mais que me tenham magoado
tudo ficará bem.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Verdade 1#

( Caminho de um lado para o outro da sala à espera que as ideias me assentem, que nem poeira... Falas e falas e falas mas sinto-me ourada, embriegada com a confusão... )

Filipe- Eu queria ter-te contado mais cedo, juro que queria. Mas cada vez que tentava perdia a coragem com medo de te perder!

( Continuo a andar e a olhar para o chão. Tenho a garganta tão seca que as palavras não saem... )

Filipe- Fala comigo. Tenta entender. Grita comigo se for preciso. Estás bem?

( Não posso chorar, não posso ceder ás lágrimas que me queimam a retina. não, não, não... Isto não me está a acontecer... )

Filipe- Maria, fala comigo por favor! Eu imploro-te!

Eu- Há quanto tempo?

Filipe- Há quanto tempo o quê?

Eu-Não te armes em mais cabrão ainda!!! Há quanto tempo me andas a trair Filipe? Há quanto tempo me andas a fazer de estupida?!!

Filipe- Maria, tenta entender por favor! Não é assim tão simples...

Eu- HÁ QUANTO TEMPO?!!!

Filipe- Eu e a Ana namoramos há 3 anos...

( Ouras e mais ouras... tudo começa a girar. O chão parece flácido. Acho que vou vomitar. Aposto que estou branca que nem defunto... Sinto-me em choque, como se tivesse sido atropelada. Até as mãos estão dormentes... Como é que isto é possível? Como é que me deixei enganar...)

Eu-Estás a dizer-me que eu é que sou a outra? A amante? Aquela que se meteu na tua relação?

Filipe- Eu entendo que estejas chateada Maria. Grita comigo, bate-me, insulta-me. Mas acredita que te amo mais do que tudo. E se falhei foi porque fui um covarde, não consegui terminar para ficar só contigo. Ela não tem um feitio fácil e anda numa fase muito complicada. Mas é a ti que eu quero. Não sei viver sem ti. Dá-me uma segunda chance por favor!

Vomito o chão, grito para ele sair, atiro com o que estava à mão contra a porta, logo a seguir à sua saida.

E agora estou aqui, gelada, agarrada ao joelhos, a magicar com que raio é que te vou arrancar do meu coração. Está partido em mil pedaços, mas estás impregnado em cada um dele... Ironia desta merda de sentimentos. Amo-te tanto quanto te odeio...

Maria F.

terça-feira, 20 de abril de 2010

# Camila

Camila cresceu e a vida mostrou-lhe que as pessoas nunca são o que parecem. Chorou, sofreu, mas nunca se sentiu sozinha. Até que um dia a esbofetearam com as palavras, digo calúnias, mais cruéis que alguém já proferira. Nesse dia, sim, sentiu.-se sozinha e tão pouco recordava como era ser amada. Nesse dia, percebeu que alguns laços se desfizeram e fizeram-no para sempre. Nesse dia... só quis desaparecer.
O dia transformou-se em semanas e perseguição tornou-se insuportável. Já não havia mais lágrimas a derramar. num ímpeto de dor, apimentado por uma raiva crescente, Camila largou tudo. Porque a vida é mesmo assim. É conhecer e partir. Não ficou triste por perder as amizades que os anos semearam, nem por deixar morrer as rotinas às quais já estava tão acostumada. Era hora de mudar. E a mudança não espera. Era uma daquelas situações de "agora ou nunca". Ou partia ou começava a traçar aquele que seria o seu fim. Decidiu partir.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Preciso de uma ajudinha aqui com isto, sff!


Hoje acordei atrasada (pela enésima vez) o que proporcionou aos minutos seguintes uma Cisne armada em Speedy Gonzalez... Mas esqueçam, não é esse o meu tema hoje. O meu tema é: porque é que não me tem apetecido dormir? Eu sei que vocês não têm interesse nenhum nisto mas, por favor, dêm-me uma explicação.

Ora então, eis o que me acontece: Chega-se à noite, lá para o lado das 22h30 mais ou menos e já estou com uma pontinha de sono. E penso «devia ir dormir...» - mas não vou. Lá para a meia noite já estou assim a ficar cansada e penso «bem, eu podia ir dormir, também já não tenho mais nada para fazer...» - não vou. Só quando chega às 2 ou 3h da manhã e já estou a morrer!, é que me vou deitar, quando entretanto não tive a fazer nada. Ontém à noite cheguei ao cúmulo de ir ler a Bíblia. Eu! A ler a Bíblia! Epah, tudo bem, sou cristã e tal mas daí a ler a Bíblia...........


Enfim, alguém tem algum palpite para esta falta de voltade de dormir? É que tem mesmo a ver com não querer ir! Eu tenho sono, se me deitar eu adormeço! Mas não me apetece... Eu sou um bocadinho esquisita, não sou?


Cisne.

domingo, 18 de abril de 2010

# Camila

Camila era doce, terna e sorridente. Camila amava a vida, a família e os amigos. Camila passava tardes sentada com os amigos da escola com quem brincava e jogava cartas e outros jogos que tais. Camila era ingénua, inocente e tímida. Camila pensava que o mundo era cor de rosa e que todas as histórias tinham um final feliz. Camila não dava respostas tortas, nem piadas maldosas e era incapaz de gozar com os outros. Mas os outros não eram como ela.

# narizinho cheio de personalidade

Existirá alguma coisa quedure para sempre, se na vida somos constantemente submetidos a uma sucessão de mudanças que não podemos evitar e que nem sempre são fáceis de aceitar? Existirá algum sentimento, alguma relação, ou algo não-físico que suporte e ultrapasse todas as mudanças sem se ressentir e mudar também?
Ainda há bem pouco tempo atrás, teria dito que sim. E a resposta era fruto da ingenuidade que me era característica.
Hoje, a experiência própria diz-me que não. É duro ter algo ou alguém que se acreditava poder guardar para sempre, e de repente, vê-lo desaparecer. É duro ter tudo e, no momento seguinte, nada ter. É talvez aquilo que mais custa - a dor inerente à perda, as saudades, as recordações… ter tudo isso bem presente na memória e não ser capaz, ou não poder, reviver.

É insuportável, mas contornável.

# Pilar dos Santos

Quando Pilar bateu a porta sabia que estava a travar uma guerra contra si mesma. Porém, não sabia que essa guerra lhe iria deixar marcas profundas - as chamadas feridas de guerra, aquelas que nunca saram.
Durante noites consecutivas sonhara muito, acordara com lágrimas beijarem-lhe a face, olhava para o telemóvel na esperança de receber um sinal dele. O sinal não chegou, e os sonhos não passaram. Como era possível ama-lo tanto que o chegava a odiar. A luta continuou, o seu sorriso não brilhava, a sua pele estava sem cor e o seu coração batia lentamente aos primeiros raios de Sol da primavera.

sábado, 17 de abril de 2010

# Camila

Era agora uma jovem de classe média, vivendo uma vida desafogada de preocupações. Já não havia dívidas, nem fome. Nem amor. A sua mãe voltara a casar com um gerente de uma empresa local. Sabia que não fora um casamento por amor. Fizera isso para assegurar o seu futuro(uma boa educação, os estudos e uma posição social favorável a um casamento próspero). Sentia-se mal por isso.
Camila tentou lembrar-se da última vez que viu o pai. Da última brincadeira que partilharam, de um sorriso que fosse. Nada. Na memória ficou-lhe apenas o rosto meigo de bochechas salientes e o bigode que impunha respeito, para quebrar aquela ar afável a que todos estavam tão acostumados. Era um homem bom. Trabalhador, honrado e respeitado.
Voltou a mergulhar no sono, desiludida com a sua própria fraqueza.

Contos para Dormir


 Imagem retirada da Internet

Para entendermos bem o porquê das coisas, nada melhor do que saber como nasceram, como se formaram, criaram e concluíram. Pois então aqui vai o inicio da história de amor mais unilateral possível.

Era uma vez uma Maria menina muito bem disposta, cheia de lá lá lás na cabeça e ideias à Alice no país das maravilhas. Com um positivismo enjoativo. Um dia essa menina deixa cair todas as compras de mercearia em pleno parque de supermercado. E eis que ele surge que nem príncipe no seu cavalo alado (não tinha mesmo cavalo, mas o positivismo dela toldou-lhe a visão) e lhe pega nas saquinhas sem lhe perder o olhar. E puf, (fez-se o chocapic) o cérebrozito começou a conciliar as hormonas e todos os outros agentes químicos ilusórios que numa combinação perfeitamente anormal é denominada por AMOR. O menino sorriu, ela agradeceu lamechamente e foi cada um para o seu lado. Depois disso temos a cena cliché de filme: o cartão do menino no saco com o numero de telemóvel. Filipe Amaral! Liga, não liga, liga, não liga, liga! O nervosinho miudinho enquanto ouvia aquela voz a combinar um café era delicioso, excitante. Muitas saidas, muitos encontros, proximidade, beijos, magia, tesão, sorrisos... Tudo aquilo que os relacionamentos saudáveis têm. E não viveram felizes para sempre! .........................
Era uma vez uma menina muito bem disposta, cheia de lá lá lás na cabeça e ideias à Alice no país das maravilhas. Com um positivismo enjoativo. Um dia essa menina está no café a olhar para as pessoas que passavam na rua através do vidro do local e eis que ele surge que nem o já seu príncipe no seu cavalo alado (não tinha mesmo cavalo, mas o positivismo dela toldou-lhe a visão) e lhe pega na mão sem lhe perder o olhar. Mas a mão não era a dela. O olhar que ele devorava não era o seu, não era das suas piadas que ria... As pernas tremeram, a boca secou, os sonhos rebentaram ... E o mundo da menina ficou escuro pela primeira vez... 

Maria F.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

De corpo e alma

Prendeste-me.
Sufocaste-me.
Invadiste a minha alma
E consegues percorrer o meu corpo sem o tocar.
Sinto-te no meu sangue e em cada pulsação.

Tentei fugir; tentei correr; tentei ignorar;
Mas é impossível parar!
Porque em cada silêncio e em cada palavra
Eu digo-te mais do que possas imaginar...

Morde-me com os teus beijos
Deixa-me provar esse sabor tóxico
Que me faz enlouquecer!

Finge que eu não existo,
Fica longe de mim!
Mas que ao menos te consiga ver...

Ama-me ou odeia-me
Mas não sintas pela metade!

Erika

# narizinho cheio de personalidade

(…)

depois de pisar os mais duros solos , de atravessar as florestas mais assombradas , parei em ti que me parecias o porto mais seguro que alguma vez avistara . estou até hoje sem perceber o que eras tu , o que se passou contigo , o que viste em mim , o que querias .. onde ias arranjar todas aquelas palavras bonitas , aquelas juras eternas , aqueles olhos doces e que transpareciam mais verdade que essa boca . quando um dia te vi de costas , quando te vi fugir do meu mundo .. desisti de te tentar procurar se sabia que era tão perto que estavas . nunca tive experiência mais dura , mais difícil , nunca a vida me levou a um tão extremo limite ou me pôs mais à prova do que contigo . foi e tem sido dos maiores passos juntamente com as maiores quedas . foste a maior entrega e a maior perda . foste a maior luta e a maior vitória seguida da maior derrota também .

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Cachorro

Não não vou falar de hot dogs mas até vinha um a calhar agora!

Há uns anos atras encontrei-me com uma amiga de infancia perto da escola onde estudámos no ciclo.
Foi um pouco estranho mas divertimo-nos imenso. Ha imenso tempo que nao estavamos juntas e suscitou em ambas um desejo de voltar a ser crianças. Então fizemos tudo o que fazíamos quando tínhamos menos 15 anos em nós.

Depois de muita trapalhice nada tipica para duas jovens con 24 anos encontrámos um cachorro na rua. Tinha um ar tão desleixado que de certezinha era abandonado.
Sem pensar duas vezes fomos de carro até ao mac mais perto e lá comprámos uma refeição para o pobrezinho. E mais! Comprámos aguinha para o animal...

Todos sabemos que a comida do mac é riquíssima em sal (e calorias!)


Foi a boa acção da noite.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Innamoratos

Sabem quando uma gaja vai na rua e vê um casal de namorados que se começou a comer mesmo mesmo mesmo à sua frente só porque ela existe e passou ali por acaso?
Sabem?
Já vos aconteceu?
Já?
A mim também!
Odeio.

Estão apaixonados?
É amor?
Duvido.
E sabem porquê Loucos?
Porque não me convencem minimamente.
Os beijos eram falsos. Fiquei mesmo especada a observá-los como um burro de aldeia para um palácio. Ali a dar a cana toda.
Os risos que a gaja soltava eram medonhos. Frios. Sem qualquer emoção.
Puxei do cigarro e continuei a fitá-los por detrás dos meus óculos escuros enquanto esperava a M.
Num tom mais alto o gajo disse amo-te. Mas foi tão mau, tão mau, tão mau que nem sei como é que a gaja conseguiu acreditar nele.
Eu que estava de fora e prestes a vomitar pelos dois amantes que emainavam falsidade fui-me embora.

Ao passar por eles disse num tom de voz quase inaudível mas alto o suficiente para os gajos ouvirem:
"Para a próxima, sejam mais convicentes."
Puxei de mais um cigarro.
Tirei os óculos para eles me verem a cara e fui para o carro.
A companhia que eu esperava que me esperasse também...noutro local.


Mas quem sou eu?...Sou só mais uma gaja fluorescente.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Mais um dia...


Imagem retirada da Internet
Há horas que estou sentada no parapeito da janela. Já fumei meio maço e mal me consigo mexer. Tenho os musculos paralisados, acobardados como eu... O dia foi longo, cheio de sangue, agulhas e éter à mistura. A boa noticia é que o cheiro já não me agonia. Já não me faz confusão a estupidez adolescente que faz ter relações com o tampão inserido, só porque tem vergonha de dizer ao namorado (ou lá o que lhe chamam agora) que está menstruada, ou o toxicodependente que aterra na cama do corredor depois de entrar pelos corredores completamente ressacado a ameaçar-me implorar-me por metadona. Gosto do que faço, apesar das enfermeiras serem o saco de boxe dos utentes, dos médicos e afins. É connosco que berram, é a nós que insultam, é no nosso ombro que choram enquanto desabafam as misérias das vidinhas. A unica coisa que me mete confusão neste momento, que me agonia, que me revolve as entranhas é não tirar os olhos telemóvel à espera que dê sinal de vida. Meu grande anormal , estúpido de merda, que me fisgaste de tal forma que não consigo largar-te. Tou viciada em em ti que nem aquele drogado na metadona. E fazes-me igualmente mal. A esta hora já não devias estar com ela. Já devias estar a mandar-me uma sms a dizer que morreste de saudades e que está cada vez mais próximo o dia em que a vais deixar. Anda, engana-me outra vez que eu gosto. Eu e o meu masoquismo sádico precisamos disso. Preciso que me digas que já não a suportas, que eu é que te encho as medidas, que é o meu cheiro que carregas na pele. Mente-me. E acima de tudo, faz-me acreditar...
         Amanha a minha mãe vem visitar-me. Desejem-me sorte e paciencia para “estás tão magrinha”, “Não sei como consegues morar nesta selvageria”  ou  “o teu irmão já marcou o casamento. Põe-lhe os olhinhos!”  -_- ...

Maria F.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

# Pilar dos Santos

Pilar é jovem, dona de uma beleza simples mas única.
cheia de objectivos, decidida, feliz ... até se apaixonar.
no dia em que se apaixonou a firmeza nas palavras deram lugar a uma voz tremula reveladora de uma insegurança.
Pilar nunca se havia deixado levar por essa coisa dos sentimentos por um alguém especial, amava os amigos e a família, apenas estes e isso chegava-lhe para se sentir feliz e completa. quando se sentiu apaixonada descobriu uma parte nova da nova.
dedicou-se como nunca se dedicara a alguém, viveu o grande amor da sua vida. aquele amor que só se vive uma vez na vida e ou se agarra ou acabaria por ser mais uma mulher que se contentava com o "ele faz-me sentir bem".
fez tudo por esse amor, um amor que foi vivo apenas por ela.
chegou o dia em que ela desistiu de viver esse amor, e bateu a porta suavemente; sem grandes alaridos - Pilar sempre prezou pela discrição. o que ela não sabia é que esse amor que viveu, o amor que a fez criar uma imagem bela de um homem e uma mulher juntos, também destruiu por completo essa imagem.
hoje, Pilar foca-se em si e no seu sucesso profissional. quer proporcionar à sua família e aos seus amigos grandes momentos de orgulho; já não acredita no amor.
sente-se mais ou menos feliz, sabe que deu o seu melhor em todos os momentos daquele amor.
Pilar perdeu o brilho, fechou o coração.
de tudo o que viveu tirou uma lição valiosa: se não é suficiente para alguém, esse alguém também não será suficiente para ela.

# Camila


Camila acordou num sobressalto. O seu coração batia descompassadamente enquanto o medo lhe escorria pelo corpo. O sonho fora claro. Vira o seu pai mergulhar num sono profundo, coberto pelos escombros duma mina que conhecia melhor que a sua própria casa. Já tinha sonhado com isto mais de cinquenta vezes. Não percebia a clareza com que a verdade se lhe revelava se aquando do acidente era apenas uma criança. Uma criança perdida e sem pai. Lembrava-se de ver o noticiário. Uma jornalista loira, com os seus quarenta anos, cabelos fartos escorrendo pelas costas, olhos verdes e os lábios carregados de um vermelho a insinuar o pecado, enumerara a lista das vítimas com a mesma frieza com que se lê o menú sentado à mesa de um restaurante. Afinal, tratavam-se de homens anónimos, cujo nome nada mais lembraria que uma dúzia de vultos pobres que escavavam todo o dia, como toupeiras. Até os seus olhos se tinham já habituado à escuridão. Ninguém falou das mulheres cujos maridos a terra engoliu. Ninguém contou que quatro delas se acabariam por afogar, nesse mesmo dia, levando com elas dois meninos cujo choro ainda se pode ouvir hoje, à beira rio.
Camila engoliu em seco procurando conter as lágrimas que ameaçavam cair. Já haviam passado doze anos.

domingo, 11 de abril de 2010

# narizinho cheio de personalidade

designer, "desterrada" e com objectivos.

a minha personalidade é a minha vida autêntica

vida autêntica??? Mas afinal o que é isso?? Tanta gente que pensa que vive em função desta expressão... expressão que começou do nada, transformou-se numa obrigação... e agora acabou numa banalidade...

Mas pelo menos para mim, ainda significa algo... ou melhor... não significa nada mas significa tudo...traduz a minha maneira de pensar, de viver, de estar...a minha própriainspiração autêntica".. e conseguir chegar a plena sintonia de sentimentos…com o máximo de genuidade e ingenuidade*

Porque vidas autênticas não é ter mais roupa, fazer mais viagens, sair mais vezes a noite, fazer mais loucuras, estar com esta e aquela pessoa, ser mais bonita... não!! não é! É tomar cada decisão de uma forma tão espontânea quanto verdadeira, é ter essa certeza graças à consciência, é saber que dela não nos vamos arrepender... é fazer uma coisa e não ter vergonha de dizer a toda a gente que o fez... sendo errada ou não!!!! A autenticidade parece eminentemente preferível a viver numa mentira…. Trata-se de valorização pessoal...

Um carpinteiro pode ter uma vida autentica, porque se calhar no final de cada dia ele é capaz de se sentar no alpendre de casa e dar valor as calças rotas que pode vestir, ao pão e á sopa que teve para o jantar, ao filho que pode brincar e a mulher que pode continuar a amar...porque tudo o que é autentico têm mais sabor.....

Não quero parecer que sou mais feliz, mais rica, mais sincera, mais bonita, mais inteligente e mais e mais qualquer coisa...nesta "sociedade do mais" onde tudo é hierarquizado e rotulado...porque provavelmente não sou... mas também isso não me preocupa, sou apenas eu... e acredito e desejo que quem quisser estar comigo, é simplesmente alguém... que também olha primeiro para as calças e depois para a marca...para o meu complexo interior e não para o meu simples exterior…

Afinal de contas, as VIDAS AUTENTICAS... é apenas um modo de pensar, e nunca um modo de agir... É sofrer o síndrome Peter Pan como eu tanto sofro com personalidade do Capitão Gancho…que me faz distinguir o bem do mal, do sonho e do pesadelo...que se preocupa em plantar e decorar a minha propria alma com tranquilidade e harmonia....é uma construção diária de uma pessoa melhor….é olhar mais para o mundo que me rodeia do que o meu próprio umbigo….é ter a humildade e versatilidade para conseguir vestir várias vidas e percebe-las como se tratassem da minha…

**Sou o que sou….e ofereço te isso**

Sou um pedaço de papel branco que posso distribuir ás pessoas que de certo modo fazem parte de mim, cada uma vai escrevendo um pedacinho daquilo que sou, posso ser também aquilo que o mundo quiser que eu seja, posso ser loira ou morena, negra ou até mesmo amarela, ser uma artista de rock ou uma simples dona de casa, estar apaixonada pela primeira vez ou nunca me ter apaixonado....mas a essencia de vida é única e intransmissivel...mas mais do que isso é MINHA e só MINHA! Sim, ADORO a minha vida, e quê???

**Um brinde as vidas autenticas**

# Maria F.

"Quem sou eu?" Todos os dias fazemos essa pergunta porque estamos sempre a mudar, a adaptar, a evoluir ou no pior dos casa a regredir... No fundo sou muito básica. Chamo-me Maria, 24 anos, enfermeira de profissão e louca por desporto (ou então não estaria aqui :p ). Moro sozinha na cidade, luto todos os dias para manter de igual forma a minha sanidade e vida financeira à superfície.  Sou humana, sou forte, sou frágil, sou um confusão absolutamente banal. Mas volta e meia venho aqui espetar-vos com as minhas lacunas mentais e descobrem um pouco mais de mim... A vida até me correria mais ou menos bem, não fosse um senão... não fosse eu a "outra"... Sejam bem vindos a um mundo de adultério rebuscado.

# Nonô

The girl next door.
That's me.

Sou o diabo e o anjo.
Sou uma cabra e uma santa.
Sou o pior e o melhor que há na raça humana.

Sou a Leonor Morgado, prazer!


Porquê um mundo de loucos?
Porque é o mundo onde nós vivemos.

Divirtam-se!

#Erika

Alguns dizem que sou estranha. Outros que sou louca. Talvez seja isso tudo. Talvez seja isso tudo e muito mais.

Gosto de ir até ao extremo e sentir que não tenho limites. Sentir intensamente como se o amanhã não existisse.

Não perco tempo a pensar. Pensar é uma perda de tempo! Tempo que não volta atrás e que nunca mais voltamos a recuperar...

A vida é só uma por isso vamos vivê-la!

sábado, 10 de abril de 2010

#Santiago Cerda: Quem é ele?

O seu nome é Santiago Cerda.

É um detective jovem e enérgico, vive para os mistérios do mundo. Para ele o mundo é um conjunto de puzzles à espera de serem resolvidos. O seu maior poder é a sua capacidade de observação.

É um cavalheiro, sorridente e positivo. Quer acreditar que todas as pessoas têm algo de bom em si. Ele vai descobrir que o mundo é de facto mais cruel e complexo do que ele julga. Santiago vai sentir como nunca sentiu antes, vai errar e aprender. A realidade nem sempre vai ser engraçada. Ele não os vai conseguir salvar a todos.

Esta é a minha primeira personagem, este é o início da sua história. Preparados?
Continua brevemente.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O primeiro post de muitos!

É hoje! Os loucos estão oficialmente à solta!

Estamos todos de caneta nas mãos a preparar a nossa entrada num mundo dos blogues. Vêm aí muitas personalidades para vocês conhecerem, cada uma especial à sua maneira. =)

A realidade vai-se misturar com a fantasia, vai-se criar um mundo recheado. Vamos despertar todo o tipo de emoções. E vocês, estão preparados?

Até já!