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domingo, 30 de maio de 2010

I just can't stop

De todas as coisas que já me deste, as melhores foram sem dúvida as que eu não te pedi. 

Todos aqueles pequenos detalhes que podem passar despercebidos à maioria das pessoas, mas que fazem a diferença!

Em cada detalhe, um momento.
Em cada momento, uma sensação.
Em cada sensação, o infinito.

Fizeste-me querer ir mais longe.

E agora não consigo parar...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Switch Off


Hoje foi um bom dia! Dedicaste-o inteiramente a mim. Acordei com os teus beijos misturados com o cheiro das flores que adornavam o tabuleiro do pequeno almoço. Deixei o leite esfriar pois fazer amor contigo pareceu-me prioritário. Falamos sobre tudo: o teu trabalho, o meu, os amigos, os gostos, disparates... Depois fomos até à praia passear. Deste-me a mão pela primeira vez em público e senti-me como uma menina quando recebe a sua primeira boneca. O almoço foi fresco e delicioso naquela esplanada recatada... A tarde em casa foi do melhor, com o sofá, as pipocas e o filme que ainda não sei relatar com tanto beijo e amasso. A noite chegou e levou-te com ela, deixando-me mais uma vez no vazio que me pertence. E este foi o primeiro dia. O dia em que te decidi esquecer...
(é assim que te quero recordar. Vou eternizar as tuas gargalhadas e o palpitar do meu coração)

Maria F.

sábado, 22 de maio de 2010

'Desvaneceste'

Não foste a tempestade que esperava. foste apenas o anunciar do mudar da maré. Foste ansiedade e sobressalto e saudade e muito orgulho. Foste um sorriso que por momentos adorei, que durante dias me deixou o coração acelerado e o pensamento inquieto. Mas não foste amor, nem sequer um pequeno amor. Pois tão depressa chegaste como partiste. Quase nem te senti em mim. Ficou apenas a curiosidade, um qualquer desejo ardente de saber como seria se a paixão vingasse. Já nem sei se foste tu ou se fui eu que precisei de um porto seguro. Não sei. Só sei que me agradou por momentos, talvez por constantemente a solidão me lembrar de que preciso algo a que possa chamar meu. Ou quiçá, por outro motivo qualquer. Foi bom enquanto durou.


Carolina


em 13/05

Rumos

Se todos os dias fossem como este... Se o céu se pintasse de metade das cores com que o vi hoje... E mesmo assim estou incompleta. Continuo a sentir-me a mesma incompletude de sempre. Preciso de amar. Preciso de me sentir viva, sonhar sonhar e sonhar como se tudo estivesse ao alcance do meu bem querer. Como se esticasse o braço e tocasse os sonhos. Basta-me agarra-los. Falta-me um passinho, aquele passinho. Mas tenho medo de o dar e o chão me fugir debaixo dos pés.



Camila

em 13/05

quinta-feira, 20 de maio de 2010

# narizinho cheio de personalidade

vida ( def. )
é aquela que nos dá palmadas nas costas enquanto não nos apunhala ; é aquela que existe porque tem um coração que bate mas quando pára deixas de valer o que vales até ali ; é as quedas que te magoam e as lições de vida que não aprendes ; é um corpo que não tem funcionalidade própria e que morre no dia em que a mascara caí.

domingo, 16 de maio de 2010

# Pilar dos Santos

Pilar já respira
as ondas acalmaram, já não batem com a mesma revolta.
começa a sentir-se leve, apesar da dor ainda presente está mais energética. E lentamente acredita que vai recuperar cada bocadinho que (ele) lhe roubou.
ela sabe que (ainda) pode ser feliz

terça-feira, 11 de maio de 2010

A maior loucura é amar

Tentou escrever alguma coisa. 
Palavras soltas sem sentido começaram a sair da sua caneta. 

Ela queria escrever algo de belo. Mas estava escuro, tudo escuro. Já era noite e chovia sem parar. 

Por fim parou. Respirou fundo. 

Depois escreveu apressadamente, como se quisesse sorver cada letra. A sua respiração tornou-se acelerada. Agora já não podia parar.

Terminou. Amassou a folha de papel e deitou-a para o chão.


Ele estava só de passagem. Não a conhecia. Observou-a de longe, até ela se ir embora. 
 
Levantou-se e caminhou vagarosamente. Pegou na folha amassada, curioso. A tinta ainda estava fresca.

A minha vida está de pernas para o ar. O meu quarto está desarrumado. Tudo em mim é confusão. Não consigo comer, nem dormir. Dou por mim a sonhar acordada, no meio de uma multidão. Às vezes sorrio, mas muitas vezes escondo as minhas lágrimas. E há alturas em que sinto uma corrente eléctrica a percorrer-me e que me deixa sem reacção. Não sei o que se passa. Será loucura ou amor? Ainda não decidi.

Ele sorriu e disse baixinho: "E por que não os dois?"

Erika

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Parágrafo.

Olhou-o nos olhos e foi o fim. Foi morrer e renascer de novo. De repente, sentiu-se libertar duma paixão que há muito lhe dera provas de apenas a querer sufocar, dia após dia. Já não eram negros os olhos que via. Eram antes castanhos, dum tom que jamais havia contemplado senão naquele que prometia vir a ser o protagonista de muitos e muitos textos que viria a escrever, num qualquer ímpeto de paixão, que não sabia de onde nem como viera, mas que depressa se lhe instalara no espírito, prometendo perturbar-lhe irremediavelmente o pensamento.

Apenas porque acho que mereces um (grande) ponto final*

O tempo não mudara nada. Não levara as recordações, não apagara nenhum dos muitos sorrisos que ele lhe oferecera. Pelo contrário, só incendiou ainda mais a paixão  de que padecia, lembrando-lhe do quão importante ele fora durante todos aqueles anos, de quantas vezes lhe falara com aquela meiguice que ela tanto amava. Um dia esgotaram-se as suas palavras doces. Acabaram-se os sorrisos. Não mais ouviu o soar da sua voz. Mas se havia coisa de que estava certa, era de que o amava. Oh, se amava! E por muito tempo que passasse, por mais distantes que estivessem, nada ia mudar isso, até que...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Sara Aluar # - Anúncio

Olá meninas e menino (se estiveres por aí, Canhoto...)!

Vim só avisar que a Sara Aluar tirou umas férias de mim. Não sei se permanentemente mas resolvi tirá-la daqui, por motivos que, sinceramente, me transcendem... Enfim, espero que não sintam saudades porque, aqui que ninguém nos ouve, ela era um bocadinho maluca...

Mas enfim, já estou a magicar uns novos heterónimos. Quando tiver alguma coisa nova e composta venho a correr para aqui! ;D


Boas escritas!,
Cisne.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Marioneta



Eu não preciso de ti. Não é por ti que vivo, que como, que respiro, que aprendo, que interajo socialmente. Então porquê que sinto que não consigo viver sem ti? Ao início coloquei-me no lugar de uma vítima. Vítima das tuas mãos, vítima do destino, vitimas das brincadeiras mórbidas dos deuses. Eu não escolhi ser a outra pois inicialmente nem sequer sabia que havia mais alguém. Fizeste malabarismos tamanhos com o meu mundo e com isso ganhei força, confiança, crença na felicidade. Mas a realidade é que já não sou a vitima. Não a partir do momento em que me bateste na porta e eu te caí nos braços e nas promessas de que seria uma situação temporária. Eu optei por esperar. Eu optei por beijar os lábios que ela beija, tocar no corpo que ela toca, invadir os sonhos que são dela... Resultado disto? Meto-me nojo! Cada vez que estás comigo iludo-me que nem menina com uma casa de brincar. És meu e só meu. Faço jantares românticos, vemos filmes agarradinhos, finjo que não vejo a tua constante preocupação a olhar disfarçadamente para o telemóvel, fazemos amor. Afinal, é o meu nome que chamas quando te colas em mim. E como sabe bem ouvir o meu nome a ser silvado na tua lingua. Mas quando sais, deixas de ser meu. Não te posso ligar pois provavelmente estarás com ela. “Eu digo-te algo quando puder”. Estas palavras sabem a soco no estômago... Só me apetece ir para debaixo do chuveiro e esfregar-me até à podridão da alma. ..
Eu sou boa pessoa sabem? Sou boa filha, boa irmã, boa amiga, participo activamente em campanhas de solidariedade, faço doações, reciclo, planto árvores, até a minha cadela veio de um canil... Como é que mantenho esta situação? Como é que o amor tem tanto poder ao ponto de me deixar estúpida? Chego a ter pena de ti tantas vezes. Fazes-te de coitadinho. Que ela te faz isto ou aquilo. Atingi o ponto de ser tua amante e tua confidente... E esta bola de neve que não se desfaz está a matar-me sabes? Não fisicamente. Porque não é por ti que eu vivo, não é por ti que eu como, não é por ti que respiro. Está a matar-me ao ponto de eu já não reconhecer o meu coração. Este está a desligar-se de mim e a agir de forma quase autónoma. Não passo de uma marioneta com fios de coração movidos e moldados pelas tuas mãos....
" E que a minha loucura seja perdoada, pois metade de mim é amor, e a outra metade também".

Maria F.

O "virar da maré"

E em apenas um dia:

Camila sentiu-se apaixonada como nunca. Descobriu que por vezes é preciso abrir os olhos e aceitar o que nos rodeia, aceitar aquela que é a nossa realidade naquele preciso momento e que nada vai fazer o tempo voltar atrás. Depois interrogou-se porque demora tanto tempo a apreciar o que verdadeiramente importa, porque o passado a prende assim tanto ao ponto de, quando começa a gostar verdadeiramente de algo, tudo lhe estar já a escapar por entre os dedos. Foi assim que se sentiu invadir por uma enorme melancolia.
Carolina, consciente de que muita coisa estava prestes a terminar, tudo aquilo que ela antes estranhara e rejeitara, controlava-se inutilmente para não se render às lágrimas, se bem que aquela solidão que conhecia bem não deixou de a perturbar.

E assim fiquei dividida entre a paixão e a saudade, as dúvidas e a certeza de uma solidão amarga. Entretanto, e para não me entregar demasiado aos pensamentos, redescobri como era estar apaixonada, como era sorrir só porque certa pessoa sorri, como quando queremos estar perto dessa pessoa o nosso peito se incendeia. Não sei se com isto te ponho um ponto final. É difícil esquecer um amor que cresceu connosco durante quatro longos anos. Mais difícil ainda é partir para um outro... que à partida parece ainda mais impossível.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

"You don't need human relationships to be happy" - Welcome to my wild side


Gosto de abraços, de beijos e amassos. Gosto de sentir tudo como se não houvesse amanhã, e o sentimento ficar por ali, restando apenas uma dúzia de boas histórias para contar. Não gosto de estabelecer laços pois, mais tarde ou mais cedo, vou ficar presa neles. Não gosto de amar (o que quer que isso seja...) nem das complicações que isso acarreta. Keep it simple. É assim que vejo as coisas. Um dia saio de casa para tomar café e não volto mais. Parto numa viagem sem rumo, passando pelos braços deste e daquele ou dormindo ao relento, vivendo apenas das palavras que me alimentam a alma quando me falta o calor de um abraço. Um dia levo-te daqui e vamos viver para uma qualquer praia deserta. Só nós os dois (e a minha loucura). E no dia seguinte, apercebendo-me de como te tornaste possessivo, parto de novo. Não suporto o sufoco de uma relação. A bem dizer, não suporto qualquer relação, porque amo demasiado a liberdade de ir para onde e com quem eu quiser. Não gosto de dar justificações, nem de enxugar lágrimas nem da obrigação de permanecer fiel a um bando de gente que eu não escolhi para me acompanhar nesta caminhada. Sou fria e não penso duas vezes antes de mentir. Faço o que for preciso, passo por cima de quem for preciso e não caio em falsas promessas. Não me venham com falsos moralismos nem sentimentalismos da treta. Sou uma pessoa de extremos.  Faço o que quero, porque quero e quando quero e nada o vai mudar. Pudesse metade desta gente ser como eu... Fracos!


Natasha

*Christopher McCandless (Into the Wild)