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segunda-feira, 3 de maio de 2010

"You don't need human relationships to be happy" - Welcome to my wild side


Gosto de abraços, de beijos e amassos. Gosto de sentir tudo como se não houvesse amanhã, e o sentimento ficar por ali, restando apenas uma dúzia de boas histórias para contar. Não gosto de estabelecer laços pois, mais tarde ou mais cedo, vou ficar presa neles. Não gosto de amar (o que quer que isso seja...) nem das complicações que isso acarreta. Keep it simple. É assim que vejo as coisas. Um dia saio de casa para tomar café e não volto mais. Parto numa viagem sem rumo, passando pelos braços deste e daquele ou dormindo ao relento, vivendo apenas das palavras que me alimentam a alma quando me falta o calor de um abraço. Um dia levo-te daqui e vamos viver para uma qualquer praia deserta. Só nós os dois (e a minha loucura). E no dia seguinte, apercebendo-me de como te tornaste possessivo, parto de novo. Não suporto o sufoco de uma relação. A bem dizer, não suporto qualquer relação, porque amo demasiado a liberdade de ir para onde e com quem eu quiser. Não gosto de dar justificações, nem de enxugar lágrimas nem da obrigação de permanecer fiel a um bando de gente que eu não escolhi para me acompanhar nesta caminhada. Sou fria e não penso duas vezes antes de mentir. Faço o que for preciso, passo por cima de quem for preciso e não caio em falsas promessas. Não me venham com falsos moralismos nem sentimentalismos da treta. Sou uma pessoa de extremos.  Faço o que quero, porque quero e quando quero e nada o vai mudar. Pudesse metade desta gente ser como eu... Fracos!


Natasha

*Christopher McCandless (Into the Wild)

8 comentários:

Sílvia disse...

You're a free spirit! :)

o texto está fantástico*

Unknown disse...

uauu! :D
se tu é feliz assim, ninguém é nada pra te criticar! Só não tens o direito de machucar ninguém! ;) beijos

Cisne disse...

É uma parvoíce. Isso. O que diz. Um dia apercebe-se. Apercebe-se de que é inútil. Inútil não sentir. Não amar. Não gostar. Mas vai continuar a ser. Não se preocupe. Mas um dia vai-se aperceber. O que a Natasha é não é bonito. Um dia apercebe-se.


Sara Aluar.

Anónimo disse...

N digo que não tenhas razão. Mas a ideia, à partida, era explorarmos vários heterónimos, as várias personalidades que existem dentro nós por mais contraditórias que estas sejam. Eu tenho um lado que ama (que talvez até seja o meu "maior lado"), tenho um outro que ve as coisas mais conscientemente e que sabe que não devemos sonhar alto demais e tenho este, que quiçá farto de quedas e desilusões acha que devemos aproveitar a vida sem nos ligarmos muito as coisas e as pessoas. São vários pontos de vista. Cada um se identifica um pouco comigo. Se calhar as vezes por ser tão parecida com a Camila só desejo ser como a Natasha.

Purple disse...

Free your mind,
Free Love
Faço das tuas palavras minhas :D
Adoro
Beijo*

Cisne disse...

Sim, sim. Tudo bem se assim o encara. Eu por acaso encaro estes heterónimos de maneira completamente oposta (ou seja, alguma coisa que definitivamente!, não somos). Mas desculpa se o meu heterónimo foi rude, não foi a minha intenção =) Gosto muito dos teus heterónimos, aparentemente a Sra. Sara Aluar é que nem por isso :P Ou melhor, penso que a Sara só quer chamar a Natasha à atenção de que esse estilo de vida não é saudável. Mas muito provávelmente permanente! E porquê?, porque ela mesma tem esse estilo de vida e perde-se nele (embora esteja consciente disso). Muito confuso? :S Desculpa, eu às vezes escrevo um bocadito de mais...

A sério, desculpa se fui mal percebida. Ou a minha heterónima... Whatever! lol


Continuação de boas escritas!,
Cisne.

Anónimo disse...

na boa (:

se escrevo não escrevo só para mim, gosto que me leiam e ainda mais de saber as vossas opiniões.

um bocadinho confuso mas acho que percebi :P

Anónimo disse...

Ser forte e racional não significa que não se viva a vida de forma intensa. Também eu detesto lamechices e tretas parecidas e, ainda assim, recuso-me a dormir com todos e mais alguns.

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