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quarta-feira, 5 de maio de 2010

O "virar da maré"

E em apenas um dia:

Camila sentiu-se apaixonada como nunca. Descobriu que por vezes é preciso abrir os olhos e aceitar o que nos rodeia, aceitar aquela que é a nossa realidade naquele preciso momento e que nada vai fazer o tempo voltar atrás. Depois interrogou-se porque demora tanto tempo a apreciar o que verdadeiramente importa, porque o passado a prende assim tanto ao ponto de, quando começa a gostar verdadeiramente de algo, tudo lhe estar já a escapar por entre os dedos. Foi assim que se sentiu invadir por uma enorme melancolia.
Carolina, consciente de que muita coisa estava prestes a terminar, tudo aquilo que ela antes estranhara e rejeitara, controlava-se inutilmente para não se render às lágrimas, se bem que aquela solidão que conhecia bem não deixou de a perturbar.

E assim fiquei dividida entre a paixão e a saudade, as dúvidas e a certeza de uma solidão amarga. Entretanto, e para não me entregar demasiado aos pensamentos, redescobri como era estar apaixonada, como era sorrir só porque certa pessoa sorri, como quando queremos estar perto dessa pessoa o nosso peito se incendeia. Não sei se com isto te ponho um ponto final. É difícil esquecer um amor que cresceu connosco durante quatro longos anos. Mais difícil ainda é partir para um outro... que à partida parece ainda mais impossível.

1 comentários:

Cisne disse...

Nunca é fácil... Mas é possível - força! ;)

"E assim fiquei dividida entre a paixão e a saudade, as dúvidas e a certeza de uma solidão amarga." - Esta frase (para além de fantástica) descreve em poucas e boas palavras um grande (e por grande, quero dizer «loooooooonga») fase da minha vida.


Keep in touch!,
Cisne.

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