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terça-feira, 11 de maio de 2010

A maior loucura é amar

Tentou escrever alguma coisa. 
Palavras soltas sem sentido começaram a sair da sua caneta. 

Ela queria escrever algo de belo. Mas estava escuro, tudo escuro. Já era noite e chovia sem parar. 

Por fim parou. Respirou fundo. 

Depois escreveu apressadamente, como se quisesse sorver cada letra. A sua respiração tornou-se acelerada. Agora já não podia parar.

Terminou. Amassou a folha de papel e deitou-a para o chão.


Ele estava só de passagem. Não a conhecia. Observou-a de longe, até ela se ir embora. 
 
Levantou-se e caminhou vagarosamente. Pegou na folha amassada, curioso. A tinta ainda estava fresca.

A minha vida está de pernas para o ar. O meu quarto está desarrumado. Tudo em mim é confusão. Não consigo comer, nem dormir. Dou por mim a sonhar acordada, no meio de uma multidão. Às vezes sorrio, mas muitas vezes escondo as minhas lágrimas. E há alturas em que sinto uma corrente eléctrica a percorrer-me e que me deixa sem reacção. Não sei o que se passa. Será loucura ou amor? Ainda não decidi.

Ele sorriu e disse baixinho: "E por que não os dois?"

Erika

5 comentários:

Anónimo disse...

o amor é a maior loucura que podemos cometer. é uma loucura saudável :P

Cisne disse...

Muito, muito giro :D Vejo aqui o início de uma comédia romântica... ;D


Cisne.

Sílvia disse...

Obrigada às duas pelos comentários :)
Acho que estou a enlouquecer...

Erika

Leitora atenta disse...

a loucura é a maneira simpatica de sermos normais.

sem a loucura, eramos racionais demais.

aproveita a loucura :D

Anónimo disse...

Curioso como uma só frase final pode tornar um texto banal numa composição interessantíssima.

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