Tentou escrever alguma coisa.
Palavras soltas sem sentido começaram a sair da sua caneta.
Ela queria escrever algo de belo. Mas estava escuro, tudo escuro. Já era noite e chovia sem parar.
Por fim parou. Respirou fundo.
Depois escreveu apressadamente, como se quisesse sorver cada letra. A sua respiração tornou-se acelerada. Agora já não podia parar.
Terminou. Amassou a folha de papel e deitou-a para o chão.
Ele estava só de passagem. Não a conhecia. Observou-a de longe, até ela se ir embora.
Levantou-se e caminhou vagarosamente. Pegou na folha amassada, curioso. A tinta ainda estava fresca.
A minha vida está de pernas para o ar. O meu quarto está desarrumado. Tudo em mim é confusão. Não consigo comer, nem dormir. Dou por mim a sonhar acordada, no meio de uma multidão. Às vezes sorrio, mas muitas vezes escondo as minhas lágrimas. E há alturas em que sinto uma corrente eléctrica a percorrer-me e que me deixa sem reacção. Não sei o que se passa. Será loucura ou amor? Ainda não decidi.
Ele sorriu e disse baixinho: "E por que não os dois?"
Erika
5 comentários:
o amor é a maior loucura que podemos cometer. é uma loucura saudável :P
Muito, muito giro :D Vejo aqui o início de uma comédia romântica... ;D
Cisne.
Obrigada às duas pelos comentários :)
Acho que estou a enlouquecer...
Erika
a loucura é a maneira simpatica de sermos normais.
sem a loucura, eramos racionais demais.
aproveita a loucura :D
Curioso como uma só frase final pode tornar um texto banal numa composição interessantíssima.
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